sábado, 5 de abril de 2008

A vida

Sou borboleta sem asas
Presa no casulo sem encontrar pousada
sou ciclone sem rumo
Procurando implodir para nã omachucar...

Sou às vezes, o eu, o tu, o nós
Querendo ser sempre mais e mais
Ampliando corpos, penetrando almas
Abraçando seres como me abraçais

Quem me dera que a vida fosse um barco
Em que suas velas eu me debruçasse
E num amplexo infinito eu velejasse
Para mundos sem fim pra não voltar mais

Mas, a vida não é barco, é o próprio mar
Nos seus movimentos sempre sem parar
Levando cada barco para um lugar
Sem pedir licença para aportar...

Campina Grande, 16.05.86

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