domingo, 7 de março de 2010

Dia da mulher

Para nós, mulheres, todos os dias são nossos... Os variados papéis que assumimos na sociedade nos outorga esse direito de sermos homenageadas diariamente. Infelizmente, nem sempre acontece. Muito pelo contrário, algumas mulheres em vez de homenageadas são vítimas de violência dos mais variados tipos. Embora estejamos em pleno século XXI e termos em vigor a Lei Maria da Penha, são anunciados constantemente, casos e evidências de violência contra a mulher. Lamentável que tenhamos de conviver com essa realidade.

No entanto, alegra-nos saber que escritores e poetas exaltam a mulher em suas criações poéticas e textos dos mais variados gêneros. Particularmente, a crônica de Estevam Fernandes, "Simplesmente Mulher" aborda esse tema de maneira magistral, ao enfatizar a solidão de algumas mulheres em suas próprias casas. "O sonho de um lar feliz acabou por transformar-se no espectro de sua própria agonia. Querendo alguém para amar, conheceram a própria solidão."

Na verdade, muitas vezes, as mulheres têm como companhia apenas as suas lembranças, os seus desejos incontidos e as aspirações interrompidas, alimentando-se do passado, do que poderia ter sido e não foi. É como se tivessem algemas dentro de si, feridas em sua dignidade, aprisionadas pelos caprichos de alguém que em seu egoísmo não vê nada, além de si próprio. "Alguém que lhes rouba os sonhos e escraviza a alma e, ainda, lhes impedem de ser feliz."

No entanto, nem sempre as mulheres deixam-se anular. Algumas vão à luta. Resistem ao que muitos dizem ser destino, superando os "grilhões dos limites caseiros." Afirmam-se profissionalmente, conquistam autonomia, tornam-se competitivas e assumem-se como donas de seu querer e do seu fazer. Sentem-se libertas, mas não esquecem jamais de seus deveres de esposa e mãe.

É preciso pois, que olhemos para a mulher com os olhos da compreensão, do companheirismo, da afetividade, da igualdade de direitos, deixando-a ser feliz, realizada por conquistar os seus anseios, os seus objetivos e, acima de tudo, mostrando que é capaz de produzir e de contribuir com a construção de uma sociedade melhor.

Portanto,exaltemos a mulher, sempre que possível, e façamos dela o símbolo do amor. Mulher amada é mulher feliz!