segunda-feira, 7 de abril de 2008

Discurso no encerramento no IX Congresso Brasileiro de Teoria e Crítica Literária

Caros congressistas.

A emoção se faz presente neste momento. Uma semana em festa! Festa da palavra, da expressão livre, da crítica, do debate. Resultado do esforço e da coragem, do despreendimento e da garra, do denodo e abnegação dos que comungam com a assertiva de que "crer é tornar possível o impossível". Dificuldades? Muitas. Indiferentismo? Talvez! Omissões? Algumas. Adversidades? Quem sabe... Mas nada nos intimidou. Fomos ousados. Somos ousados. Se cremos em Deus, jornadearemos na terra sem adversários... Se cremos em nós, mesmo que nos obscureçam a estrada, deslumbraremos horizontes que nos levarão à realização plena. Os que vivem intensamente a cultura, os que verdadeiramente amam e defendem a arte assumem-se como sujeitos em potencial dentro deste contexto e participam do tempo histórico que lhes forma e lhes provoca.
E por que assumimo-nos e por que empenhamos? Porque paltamo-nos no exemplo de Elizabeth Marinheiro. Porque apraz-nos tornar realidade a aspiração dos seus 25 anos de cultura quando disse esperançosamente: "... nossos sonhos renascerão na perseverança e na obstinação de outros". Porque sabemos que a mestra passa e lição fica. Embora nem todas as lições tenham sido aprendidas. Não obstante tenhamos invadido searas alheias. Perdoe-nos cara mestra. Afinal de contas, somos todos nós eternos aprendizes. Tentamos! Continuaremos tentando.
É hora de agradecer. Agradecemos a Deus pela coragem de facear dificuldades. Agradecemos aos órgãos mantenedores dos Congressos, em nível federal, estadual e municipal. Nossa gratidão aos vários segmentos da sociedade campinense, à Paraíba e ao Brasil. Agradecemos, enfim, aos professores estrangeiros que atravessaram fronteiras para em coro uníssono cantarem conosco. "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".

Campina Grande, 24.09.88 - Teatro Municipal Severino Cabral

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