quarta-feira, 18 de junho de 2008

GT - Novas tecnologias na prática pedagógica

Campina Grande como sempre tem sido palco de grandes eventos educacionais, turísticos, culturais, artísticos e, nos últimos anos, o mês de junho tem propiciado a efetivação desses eventos, conjugando lazer com a valorização da cultura local e a produção de conhecimento científico. Foi nesse cenário que aconteceu o I Colóquio Brasileiro Educação na Sociedade Contemporânea - COBESC, promovido pela Unidade Acadêmica de Educação da UFCG, em parceria com a Pós-Graduação em Educação da UFRN.
Participei desse evento em um GT que tematizava sobre "Novas tecnologias na prática pedagógica", coordenado pelas professoras Rossana Arcoverde (UFCG) e Ana Beatriz (UEPB). Foi interessante percebermos, por meio dos trabalhos apresentados, (alguns deles de professores e alunos da UEPB), a importância dessa temática e as transformações na prática pedagógica dos professores que se utililizam desses recursos. As explanações feitas, com muita propriedade pelos apresentadores, demonstraram o interesse daqueles participantes em elucidar os questionamentos feitos e socializarem os resultados obtidos.
Em todos os trabalhos apresentados ficou clara a necessidade da formação docente nessa área, tendo em vista a importância e as oportunidades que são proporcionadas ao contexto educacional, levando-se em consideração que caminhamos para a efetivação de uma sociedade digital. O uso dessas tecnologias, além de diversificar e inovar a atuação dos educadores, "fortalece as interações sociais e a autonomia do aluno", como afirmou a Profa. Rossana em uma de suas verbalizações. Constatamos, também, por meio dos resultados de algumas pesquisas, que ainda é tímida a participação e o uso dessas tecnologias em sala de aula. É muito nítido para nós que a "tecnofobia", apontada como uma das causas de uma prática não efetiva desses recursos, seja o fator principal para o "mantenha distância", como se essas tecnologias representassem um perigo ao professor. É necessário que enfatizemos, mais uma vez, que a formação do professor em tecnologias digitais é fator preponderante como potencializador para uma prática de "letramento digital", não apenas dele, mas também de seus alunos, como política de inclusão digital. Sabemos que os alunos , mesmo que não tenham computadores em casa, são usuários dessa ferramenta, constatado pela observância do fenômeno "Lan House". Não se admite, pois, que o professor esteja excluído desse recurso de expansão das relações interpessoais, que oportuniza a interação entre seus pares, e principalmente, com seus alunos.
É preciso, portanto, que fortaleçamos esses usos, formando comunidades virtuais, que façam da Internet, não apenas o suporte físico que nos interconecta, mas que permita uma nova organização social inscrita na vida digital.