sábado, 26 de maio de 2012


Os poetas não morrem!


Ao ler crônicas e mais crônicas do poeta/cronista, Robério Maracajá, na incumbência de fazer uma revisão linguística para publicação em livro (desnecessária, por sinal), voei na minha imaginação, mergulhei nas palavras, fiz malabarismos na mente e  dei cambalhotas ao vento... Cheguei a uma conclusão óbvia! Os poetas não morrem! Eles viajam num tempo infinito, metaforizando  suas vidas em imagens coloridas que permanecem vivas aos olhos dos leitores.
As lembranças do passado, as reminiscências da infância, os arroubos da juventude, o desfiar do presente e a esperança no porvir são transmutados para as crônicas escritas, em temas/símbolos que nos conduzem a voos em asas de borboletas, configurando as "saudades, cacimbas de chorar  a vida inteira", como bem diz o poeta.
A "tarefa" tornou-se leve como plumas de pombos, arrulhando em cenas de amor... Leves, como leves e doces são as crônicas roberianas! Embebedei-me com este vinho suave, sorvi, gota a gota, os sabores desta taça, como a desejar que não chegassem ao fim... "Esvaziei-me de pedras e espinhos para encher-me de melodias e perfumes". Inebriei-me no néctar deste mel, que açucarou a minha alma e adoçou os meus sonhos.
Tudo isto me deu a certeza de que quem poetiza o que escreve, quem imortaliza suas ideias em textos, não precisa de Academia para ser imortal. Imortalizados serão na perpetuidade dos seus escritos, porque "voam os passarinhos, mas fica empoleirada a cantoria dos sabiás e dos curiós, dos canários e das patativas". Robério Maracajá é, então, duplamente imortal.