quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Férias pra que te quero

Acordo. Agradeço a Deus por tudo. Saio para caminhar. Contemplo a imensidão do mar com suas belezas naturais. Olho diversos barcos que velejam ao embalo das ondas. Vejo os caminhantes. Olhares se cruzam. "Cada um na sua", como dizem os jovens. Por que já não se usam mais os cumprimentos? Por que não se deseja mais um bom dia? Repenso os comportamentos sociais. Analiso as mudanças culturais. O que mudou? Por que mudou? Quero continuar com as minhas convicções. Dou um mergulho. Banho-me naquelas águas inquietas , mas paradoxalmente, tranquilizantes. Transporto-me em pensamentos que vão além de mim. Reflito. Oro. Por que não? Como é bom conversar com Deus naquele ambiente que nos transporta além mar... A prece parece encurtar a distância entre o terreno e o Divino. O diálogo com Deus instaura-se mais facilmente. A natureza ajuda. Viajo ao passado. Quanto me faz bem a consciência do dever cumprido. Volto à minha casa. Tomo uma boa ducha. Deleito-me ao observar minhas palmeiras verdejantes em seus bailados pitorescos, como se estivessem me saudando... Deito-me numa "rede preguiçosa". Leio o jornal. Chama-me a atenção o texto em prosa de Ricardo Anísio "Amar se aprende amando". Que belo poema! Recebo lições de vida desse poeta. Recorto algumas preciosidades. Ei-las: "Preciso, a cada tempestade, abrigar-me sob videiras. Depuro meus erros , vez em quando, e procuro exercitar o perdão. A solidão ensinou-me a capinar o jardim, sem despertar as rosas." Mergulho no meu interior e silencio... Volto a agradecer a Deus! Naquele instante, posso dizer em solilóquio: Sou feliz!