sábado, 16 de abril de 2011

Uma doce "tarefa"

Há alguns dias, fui convidada para participar de uma Comissão composta pelos professores Profª Drª Elizabeth Marinheiro, Profª Drª Goretti Ribeiro e Prof. Ms. José Mário. A essa Comissão caberia a incumbência de selecionar Crônicas de Robério Maracajá para publicação de um livro. Senti-me agraciada por ser lembrada para tão doce "tarefa"! Ler já é uma atividade prazerosa! Imaginem ler Crônicas de tão competente escritor! Mãos à obra, então, olhos ávidos e mente aguçada para tão nobre ofício. Sabia eu, de antemão, que iria ter uma grande dificuldade, ou seja, realizar uma filtragem da coletânea que me fora entregue, pois com certeza, ali já se compunha o que há de melhor. Iniciamos a leitura e a cada crônica lida o prazer "barthesiano" se instaurava e se constituia no "aliciamento das emoções" e a convicção plena de que os poetas não morrem. Voam em busca das estrelas e procuram um arco-íris para aninhar-se no multicolorido de seus arcos. Assim, a cada leitura, o prazer se renovava, fazendo-me degustar e sentir a doçura daqueles textos que se transformavam num banquete, no qual eu me saciava... Ato, não só de prazer, mas de sedução. Ler Robério Maracajá foi comungar e sonhar "fazendo a vida com a sofreguidão de quem faz o amor." Foi uma doce "tarefa", colaborando com um projeto que eterniza a sua voz e faz do ontem o hoje, pois o texto é atemporal, fazendo jus ao que ele afirmou em uma de suas Crônicas: "É acalentador descobrir-se que há no mundo momentos, que não buscamos e que nos chegam sem que os procuremos, porque sempre estivemos ali."