Eu não quero provar que sei tudo
Também não devo dizer que nada sei
Eu quero ser um "anjo torto"
Sem medos, sem máscaras
Eu quero a vida liberta
Sem ritmos, sem dogmas
O que vale é ser feliz
Na simplicidade do dia a dia
Sem ter que prestar contas a ninguém
Dos pecados poéticos que vivi...
domingo, 20 de julho de 2008
Pecados poéticos
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Um comentário:
Perdoe-me, Professora, por quase ter cometido o deslize de deixar passar por despercebido este seu “pequeno” grande poema, onde em sua sensibilidade “quase” impar, desnuda sua alma em reluzentes versos...
Tenho (e por que não?) que admitir: Estes versos trazem a grandeza do soneto “PROJETO”, do nosso saudoso poeta Raymundo Afora, quando ele decanta...
Eu quero a conclusão do inacabado
Projeto da criatura. Quero o trinco
Na porta, a luz na sala, e nesse afinco,
Quero o jardim, o alpendre, o vôo ao lado
Do céu campestre, o tempo carregado
De azul e frutos. Quero, enfim, o vinco
Na calça, o amor na mesa, o som do zinco
Com que suspendo a chuva no telhado!
Quero a face geométrica do passo
Em falso, esse erro do equilíbrio, e a asa
Subterrânea que o reabilite.
Quero plantar meu tempo neste espaço!
Como um homem constrói a sua casa,
Construa-se a si mesmo e nele habite.
Um abraço, Professora. Que poema!
Alfrânio.
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