Muitas têm sido as homenagens ao centenário da morte de Machado de Assis. A Revista Língua Portuguesa ( nº 29, 2008, p.28-33), dedicou-lhe várias páginas em reportagem intitulada "O estilo do ano", escrita por Luiz Costa Pereira Júnior, que justifica ser Machado nosso maior escritor nativo de todos os tempos. Tempos, que segundo o autor, "são pouco mais de 500 anos, mas são nossos". Para ele, esse centenário "é bom pretexto para testar os recursos de escrita que o tornaram um dos textos mais elegantes da Língua Portuguesa". Uma agenda de eventos tais como, Ciclo de Conferências - ABL/ Rio de Janeiro; Homenageado da Edição - FLIP/Paraty; Exposição Temporária - Museu da Língua Portuguesa/São Paulo; Ciclo de Palestras - Casa Rui Barbosa/Rio de Janeiro, entre outros, foram organizados. Só para se ter uma idéia da difusão desse acontecimento, um site (www.literaturalivre.com.br) convida internauta a virar parceiro poético de Bentinho. A partir de um capítulo de Dom Casmurro, ( cap.LV - Um soneto), o candidato a parceiro do personagem, que topar o desafio, deve escrever um soneto que Bentinho não concluiu, criando seu poema, aproveitando o primeiro e o último versos por ele criados.
Outra iniciativa, em comemoração a essa data, são projetos editoriais a serem lançados este ano, os quais desafiam escritores atuais a refazer obras de Machado de Assis. Nomes de peso como Lygia Fagundes Telles, Moacyr Scliar e Antônio Carlos Secchin integram essa maratona, com organização de Rinaldo de Fernandes. Novas versões para os contos do escritor são também propostos pela Record, com organização de Luiz Antônio Aguiar. A Editora Publifolha lança ainda uma coletânea em que nomes como Cristóvam Tezza recontam os romances machadianos em histórias curtas.
Já o Instituto Moreira Salles lança edição dupla de seus Cadernos de Literatura Brasileira sobre Machado. ( Revista Língua Portuguesa, Nº 34, agosto de 2008, p.11). Além de "fac-símiles" de poemas desse autor, a edição resgata uma raridade bibliográfica, a "Cronologia de Machado de Assis", a mais completa empreitada do gênero, publicada em 1958. Outra homenagem fantástica é o ensaio fotográfico de Edu Simões que flagra, no Rio de Janeiro atual , o ambiente dos tipos machadianos. Será lançada, também, volume iconográfico relacionado a Machado, no Rio de Janeiro, organizado por Vladimir Sachetta e Hélio de Seixas Guimarães.
No dizer de Luiz Costa Pereira Júnior, " a poluição de homenagens é até pouca". Para ele, "o homem faz sombra. Seu texto, um século depois de sua morte, vibra".
Sem dúvida alguma, os segredos retóricos de Machado atestam que o autor brasileiro é universal. Justíssimas, pois, todas as homenagens.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
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