E naquele funesto dia, entrou num maldito carro, para uma aventura sem retorno...
Que saudades, filhinho. Não te esqueço um momento. Às vezes torno-me amarga e péssima companhia... Não posso ainda entender a tua tão precoce partida!
Teus irmão estão casados e já tens um sobrinho. Ele às vezes parece contigo. Tem a tua cor e é vivo e alegre. Quando ele está aqui, eu melhoro um pouco. Ele preenche o teu vazio. Sabe, filho? Eu saio, me troco, me pinto, pensando em ti... Tu só querias me vê arrumada, lembra-te? Como tu eras vaidoso, hein?
Filho, se eu pudesse adivinhar teria te proporcionado maiores alegrias. Nem que tivesse que fazer grandes sacrifícios. Mas, tu sabes o quanto eu te amei e aina o amo. É como disse tua avó Julieta: "O amor de uma mãe por um filho morto, não desaparece apesar dos anos". Para mim, tu permaneces vivo... Tu continuas sendo o meu querido e levado Nildo! Tu és o meu filho - o meu mundo... Tu és a luz que ilumina esta casa, pois te vejo como uma estrela muito brilhante, ao lado do Pai Celestial.
Que Deus amplie a áura de luz que te circunda e te faça um espírito Superior.
Campina Grande, 04.09.86
Nenhum comentário:
Postar um comentário