Por força das circunstâncias, não viajei neste carnaval. Liguei a Rádio Ariús para deleitar-me com sua seleção musical e programas. Um deles me enterneceu, acariciou a minha alma e enlevou o meu coração. A voz doce de Zilda Rasia, que no dizer de Massilon Gonzaga é a “paixão da cidade”, apresentou programa especial rememorando carnavais de outrora. Iniciando a sua página musical com “Bandeira Banca” de Dalva de Oliveira “a voz que toca ao seu coração” me fez viajar no espaço da imaginação, em busca de registros de carnavais dançados e vividos. Outras músicas alternadamente às de carnaval, também evocaram lembranças que tocaram deveras o meu coração...
Que bom existirem pessoas sensíveis como Zilda Rasia que assume o saudosismo e enriquece a sua vida levando aos outros um bálsamo de luz, leveza, amor e saudade... Em épocas que o tema central é violência, alguém com a competência e sensibilidade de Zilda traz a alegria de viver e a certeza de que felizes são aqueles que têm histórias para contar.
Viver é isto. Saber que construímos, que tivemos alegrias, emoções, tristezas, mas estamos de pé, confiantes, sabendo que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Saber também que viver é ter saudades, cujo termo somente a língua portuguesa usa de modo especial e de forma tão expressiva. Outros idiomas têm palavras semelhantes, porém sem o alcance e a freqüência do vocábulo português.
A palavra saudade é uma fonte de oportunidades para a expressividade lingüística de quem a usa e por isso exaustivamente explorada pelos poetas.
Zilda ao apresentar seu programa “domingo nas asas da saudade” joga sabiamente com a versatilidade do termo. Fazendo com que figuradamente concordemos com os versos: “A saudade é dor pungente/ a saudade mata a gente...”
Obrigada, Rádio Ariús, por nos oportunizar momentos tão agradáveis.
Campina Grande, 18.02.07
quinta-feira, 17 de abril de 2008
“Domingo nas asas da saudade”
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Homenagem aos amigos
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