quarta-feira, 16 de abril de 2008

Letras e seu campo profissional

Segundo matéria publicada no Caderno FOVEST 94 da Folha de São Paulo, de 04/10/93, Letras é um dos cursos superiores mais lembrados pelos vestibulandos, no entanto, está entre os menos conhecidos. Pesquisa feita com alunos de dezessete colégios particulares de São Paulo aponta que secundaristas têm poucas informações sobre a carreira. Os estudantes desses colégios não sabem que "um curso de Letras tem um campo de atuação tão vasto quanto o uso da língua".
No dizer de José Eduardo Baraveli (autor do artigo) o curso de Letras perde apenas para Medicina, Direito e Administração, carreiras tradicionais, ao mesmo tempo mais lembradas e mais conhecidas, conforme dados da pesquisa grupo guia do Estudante.

O principal erra dos estudantes, ao que diz respeito ao desconhecimento do Curso de Letras, este em achar que Letras restringe o campo de atuação apenas ao magistério, como pensa Valéria Rizzo, que diz querer fazer Letras para dar aulas, "já que é a única coisa que dá para fazer com o diploma". Para ela, "falar bem uma língua só pode dar dinheiro quando você ensina esta língua para alguém".
Puro engano da srta. Valéria. Além de professores, o curso de Letras forma profissionais para editoras, publicações periódicas, pesquisadores, tradutores, intérpretes e revisores de textos. Em qualquer lugar onde a língua for uma prioridade, de comércio exterior à produção de textos, lá o graduado em Letras será bem recebido.

Necessário se faz, portanto, que divulguemos as possibilidades funcionais do licenciado em Letras, para que os candidatos que procurem tal curso saibam realmente por que querem fazê-lo.
Pensando assim, é que a Coordenação do curso de Letras da UEPB - Campus I, engajou-se ao Núcleo de Orientação Pedagógicas - NOP (do Curso de Pedagogia), para orientar o candidaato ao vestibular da Rede Oficial de Ensino. Em encontro realizado no Colégio Estadual da Prata (out/93), foram dadas todas as informações necessárias com o objetivo de alertar o candidato ao Curso de Letras, sobre o leque de opções profissionais que o Curso poderá oferecer.
Oportuno, também, que se esclareçam as especificidades do Curso de Letras da UEPB, Campus I, resumindo-se neste pequeno histórico. O curso de Letras, reconhecido pelo Decreto Federal nº 45820, de 16/04/75, confere o grau de Licenciatura Plena nas habilitações: Língua Portuguesa e Literatura, Língua Francesa e Literatura e Língua Inglesa e Literatura, sendo oferecidas oitenta vagas (quarenta para o primeiro período e quarenta para o segundo).
O curso tem como objetivo fornecer a seus alunos a formação humanística, científica, cultural e pedagógica necessárias à compreensão e integração com a realidade do mundo atual, bem como ser o instrumento teórico e metodológico indispensável ao exercício de suas atividades profissionais.
Em nível de pós-graduação lato sensu, são oferecidos Cursos de Especialização, encontrando-se, também, em nível strictu sensu, a implantação do Curso de Mestrado em Leitura, Produção de Textos e Literatura Marginais, em tramitação nas instâncias superiores da Universidade, já aprovado pelo CONSEPE, faltando apenas, sua aprovação no CONSUNI, para a estruturação definitiva da sua funcionalidade.
Um laboratório de Línguas, destinado especificamente ao estudo de idiomas estrangeiros, faz parte da estrutura do Curso, desenvolvendo, dessa forma, a capacidade de compreensão auditiva e aperfeiçoamento dos estudos fonéticos.
O curso de Letras da UEPB - Campus I conta, ainda, com duas atividades permanentes em forma de Projetos: o ciclo de Estudos Lingüísticos e Literários - CELL e o Literatura em Murais - LITEM, aglutinadados, recentemente, pela criação do Núcleo de Investigação, Pesquisa e Estudos Lingüísticos e Liaterários - NIPELL, no intuito de oportunizar aos professores o desenvolvimento de pesquisas, assim como aos alunos, o apoio indispensável para a iniciação científica.
Como se vê, vasto é o campo profissional do Curso de Letras e inúmeras as possibilidades de atuação para os graduados que fizeram opção.

Texto publicado na Revista Scriptus
Campina Grande, 1994.

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